Os Smurfs fazem a minha memória nostálgica gritar. Eu amava a animação quando criança e sempre mantive um grande carinho por esses personagens. Para quem não sabe, esses queridos seres azuis são originalmente baseados em quadrinhos. Eles são uma criação do cartunista e roteirista belga Pierre Culliford, mais conhecido pelo seu nome artístico Peyo (1928 – 1992). Eles nasceram em 1958, e este novo longa-metragem animado se inspira muito nessa origem, incorporando elementos visuais como linhas de ação e balões de pensamento. Um dos grandes destaques é ter a cantora Rihanna como Smurfette; além de ser produtora, ela também contribui com músicas originais para essa nova aventura.
Sinopse
Quando o querido Papai Smurf (John Goodman) é capturado pelo nefasto feiticeiro Razamel (JP Karliak), a corajosa Smurfette (Rihanna) lidera uma equipe de Smurfs em uma perigosa jornada até o mundo real. Lá, eles buscam a ajuda de novos aliados, incluindo Ken (Nick Offerman), o irmão do Papai Smurf, para desvendar um segredo que pode mudar o destino de todos os Smurfs e, quem sabe, até mesmo salvar o universo, nesta vibrante aventura musical animada que promete muita comédia e emoção.
Já temos uma história pré estabelecida
Este é um novo reinício da franquia nos cinemas. Não se relaciona com nenhuma obra do passado, apesar de já existir uma história pré-contada. Principalmente por já ser estabelecido que Gargamel é um grande inimigo deles e por sabermos que Smurfette já foi uma criação do feiticeiro, feita para enganar os Smurfs no passado e que agora ela é um deles. Nesse contexto e com uma abertura maravilhosa é que conhecemos Sem Nome (James Corden), o único Smurf que não tem uma função estabelecida. Sua busca para se tornar importante de alguma forma para seu grupo é que vai colocar essa narrativa para frente e nos dar toda a aventura necessária para a diversão.
Bela animação, mas uso desnecessário do live-action
O estilo de animação é belo e consegue captar todo o estilo dos quadrinhos. Temos algumas músicas no decorrer da história e me lembrou um pouco a franquia Trolls, com bastante música pop para embalar a garotada. Além dessa animação clássica em tela, nossos queridos heróis vão parar no nosso mundo, transformando alguns momentos em live-action, mesmo que mantenham os personagens como uma animação. A minha crítica negativa vai nisso. Achei desnecessário trazê-los para o nosso mundo, além de que parecia que ninguém era capaz de enxergá-los, por mais que tenham pelo menos uns 10 cm de altura. É impossível não notar essas criaturas correndo e se metendo em lugares bem à vista dos olhos humanos e fingir que nada está acontecendo.
Mensagens edificantes para os mais jovens
É inegável dizer que essa aventura é feita para crianças. Acredito que elas adorarão, mesmo que não seja um fruto dos dias de hoje. Sua narrativa é fácil e consegue colocar elementos que as façam se divertir. Para os adultos, fica um pouco mais difícil. O roteiro trata tudo apenas como bobagem e temos que apenas aceitar as conveniências do roteiro para essa história ser contada. Temos até um certo aprendizado sobre pessoas que ainda não acharam a sua vocação, mas que com um pouco de paciência acharão a sua real função. Além disso, a mensagem de amizade, coragem e união também se faz presente.
Conclusão
Smurfs é um filme voltado para o público infantil com certeza; porém, um adulto menos ranzinza também pode vir a curti-lo. É inegável que ele possui alguns momentos que me fizeram tirar uma certa felicidade do meu rosto, mas, no geral, é só uma aventura genérica com algumas mensagens edificantes para os mais jovens. Embora não tenha me agradado por completo, espero que faça o seu devido sucesso e que consiga angariar algumas continuações para um futuro próximo. Diversão perfeita e garantida para as férias da criançada neste mês de julho.
Smurfs estreia nos cinemas em 17 de julho.
Clipe da Rihanna:
