Invencível é um daqueles filmes que vai emocionar você. Ele reúne todas as características de um bom drama familiar que tanto apreciamos. A trama se desenvolve com muitas dificuldades e amor, felizmente sem tragédias que possam macular essa linda história. Baseado em fatos reais, o filme tem a direção e o roteiro de Jon Gunn (de Uma Vida de Esperança). A obra é inspirada no livro The Unbreakable Boy: A Father’s Fear, a Son’s Courage, and a Story of Unconditional Love (que pode ser traduzido livremente como O Menino Inquebrável: O Medo de um Pai, a Coragem de um Filho e uma História de Amor Incondicional), escrito por Scott Michael LeRette e Susy Flory, que nos apresenta essa comovente história.
Sinopse
Scott (Zachary levi) e Teresa LeRette (Meghann Fahy) são um casal que precisam aprender a amar e apoiar seu filho, Austin (Jacob Laval). Diagnosticado com autismo e uma rara doença óssea, Austin enfrenta inúmeros desafios médicos, mas sua alegria contagiante e espírito indomável transformam a perspectiva de seus pais e de todos ao seu redor. Através da jornada de Austin, o filme explora a força dos laços familiares, o poder da fé e a beleza de encontrar esperança e felicidade mesmo diante de grandes adversidades, mostrando como a resiliência de uma criança pode ensinar lições profundas sobre a vida e o amor incondicional.
O amor e apoio incondicional
Imagine você acabar de conhecer alguém e logo descobrir que estão “gravidos”. A isso, junta-se o fato de a criança possuir osteogênese imperfeita, uma condição genética conhecida por causar fragilidade óssea, fazendo com que seus ossos se quebrem com facilidade. Soma-se também o diagnóstico de autismo. Pronto, temos a receita para um caos completo dentro dessa família. Esse caos até se faz presente e é bastante mostrado durante o longa, mas não é o fator determinante dessa história. A dinâmica familiar é envolvente e, em pouco tempo, somos imersos em um amor e apoio incondicional diante das adversidades, algo que ouso dizer que não seria capaz de suportar. Talvez, só mesmo com muito amor.
Um dramalhão clássico
Entendo que Invencível seja feito para arrancar lágrimas. Propositalmente, ele é um clichê total, porém “eu li e aceitei” esses termos. Sabia o que estava assistindo e consenti com todo esse dramalhão clássico digno de uma Sessão da Tarde. Embora seja batido, gostei de como certos temas foram abordados e conduzidos. Resiliência, esperança e fé são as características mais fortes que podemos extrair dessa obra. Os obstáculos estão ali e nada será fácil, mas é isso que chamamos de “vida”. Ela nem sempre será fácil, muitas vezes será difícil, e isso é o que nos deixa vivos e gratos para poder apreciar um momento calmo junto de pessoas que amamos.
Um simples bem feito
O diretor Jon Gunn já demonstra ser um especialista em filmes do gênero. Se você procurar em sua filmografia, verá que ele possui uma forte ligação com temas religiosos. Suas obras frequentemente abordam um ambiente caótico que se cura através de muita fé, amor e esperança. Posso dizer que ele faz isso muito bem e acertou novamente por aqui. A crítica especializada, em geral, não apreciou tanto, justamente por ser esse clichê todo, abordando a história real de forma simples e excessivamente sentimental. Em direção contrária a isso tudo, esses “problemas” foram o que me fisgaram. Um simples bem feito é melhor do que muita coisa que tenta ser elaborada.
Conclusão
Invencível é um bom filme para quem aprecia histórias de superação em meio ao caos. Não apresenta nada de novo, mas ainda assim é bastante eficiente no que se propõe. Não o colocaria entre as grandes obras do estilo, mas entretém na medida certa para quem gosta desse tipo de longa. As lições tiradas daqui podem ser facilmente aplicadas à vida. Não é preciso estar em uma situação extrema para “tirar o coelho da cartola”, mas é fato que passar por momentos assim marca a vida de qualquer um a ponto de uma simples reunião com as pessoas que você ama se tornar imortal.
Invencível estreia nos cinemas em 8 de maio.
