A pandemia de Covid-19 trouxe ao mundo várias consequências sociais, econômicas e comportamentais. Dessa forma, é claro que a indústria fashion não ficaria imune a isso. Dessa forma, foi necessária a adaptação do mercado da moda durante a pandemia.
Problemas trazidos pela pandemia
Os efeitos do isolamento social trouxeram diversos problemas à indústria, como a escassez de materiais para a confecção, a alta do dólar, inflação, crise econômica e desemprego. Além disso, a situação impôs uma modificação dos hábitos sociais e de consumo, modificando a prioridade de aquisição de itens pela população. O fechamento de lojas físicas e a paralisação da produção, no período mais intenso da quarentena, também foram prejudiciais para o comércio fashion.
E agora?!
Esses desafios obrigaram empresas do ramo a se reinventarem, sendo que muitas dessas mudanças poderão ser aderidas para além do período de quarentena. A principal delas é a aposta na transformação digital dos negócios, através de vendas online, reforçando o e-commerce. Para maior adesão dos clientes, também houve investimento em medidas de incentivo, como descontos e frete grátis. No ambiente digital há necessidade de investimento em Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM, do inglês) e na área de coleta e análise de dados.
Em relação às roupas, calçados acessórios, também serão necessárias adaptações, como o rápido lançamento de novas coleções (fast fashion) e a constante renovação das peças. Por outro lado, o consumidor em home-office procura itens de alta durabilidade que proporcionem conforto. Nesse sentido, a professora do curso de Moda da Universidade Fume,Carla Mendonça, acredita que “Boa parte da população mundial sairá empobrecida. E, nessa situação, recorremos a produtos mais baratos que, via de regra, não são feitos para durar, não serão atemporais e não terão um investimento muito grande em material e nem em design”.
Outra estratégia para o setor são as pop-up stories, lojas físicas temporárias que trazem propostas específicas, inseridas dentro de uma estratégia de divulgação. Além disso, há a tendência dos showrooms virtuais para a divulgação de marcas e itens de moda.
No entanto, algumas premiações, cujos looks destacam-se no cenário da moda, estão rolando presencialmente, como foi o caso do Emmy e do MTV Miaw.
Novas preferências de consumo
Os consumidores estão preferindo marcas e lojas vinculadas a ações solidárias, como confecções de máscaras para distribuição gratuita e doação de parte de suas vendas à doação de álcool em gel para populações carentes. Conforme aponta a diretoria da Associação Mineira das Empresas de Moda (Instituto Amem), em entrevista à Hoje em dia, “agregar valores sociais à compra de roupas é essencial para sobreviver”. A ressignificação da vestimenta, que “se transforma em um objeto de resistência, de autocuidado e de conexão com a nossa essência”, segundo o Instituto Amem, é uma percepção fundamental para ser trabalhada pelas lojas neste novo contexto.
Através da análise das mudanças comportamentais do consumidor, a indústria fashion faz a adaptação do mercado da moda durante a pandemia. E você, o que está achando do e-commerce das lojas?
