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Crítica: Robô Selvagem é a melhor animação do ano

A Dreamworks já está bastante tempo no mercado e sempre trouxe boas animações. Uma comparação junto a Pixar sempre é válida, mas no final das contas, a primeira sempre ficava um degrau abaixo da concorrente. Robô Selvagem está chegando aos cinemas para mudar esse paradigma. Por mais que Divertidamente 2 tenha chegado para bater todos os recordes por aí, esse aqui chegou para ser a melhor animação do ano. A sua perfeição do início ao fim galga essa opinião polêmica e emocionada da minha parte. Presenciar o nascimento de um clássico é gratificante.

Sinopse

Após um naufrágio, a robô ROZZUM 7134, ou Roz, é despertada em uma ilha deserta e totalmente selvagem sem o toque do homem. Pronta para servir a todos, precisa aprender a se adaptar a esse ambiente hostil. Pouco a pouco vai construindo um ambiente amigável entre os animais locais e, isso inclui, cuidar de um bebê ganso. Mas todos na ilha correm um grande perigo quando os fabricantes de Roz vão em busca dela para ser reiniciada e consertada.

Baseado em uma obra literária de mesmo nome

Esse longa animado é baseado na obra literária de Peter Brown que fez, aleatoriamente, um desenho com um robô em cima de uma árvore e se perguntou: “um robô seria capaz de sobreviver a vida selvagem?”. Esse é todo o mote inicial de como essa aventura começa. Com um robô sobrevivendo e criando caos ao mesmo tempo nesse lugar inóspito. Em seus momentos iniciais já notamos que estamos de frente para algo incrível. A agilidade em como a história está sendo contada junto com diálogos hilários e situações em que ficamos um pouco em dúvida se crianças deveriam estar assistindo devido ao seu humor puramente ácido. A cereja do bolo desse começo é ver a animação linda envolver a tela e dar um suspiro de que está vendo algo incrível ao contemplar as milhares de borboletas saindo de uma árvore para voar.

Metáforas para a maternidade

Depois dessa amostra de como essa animação é linda, começa o 2º ato. Momento em que nossa robô se sente responsável por um bebê ganso nanico. De uma hora para a outra ela vira uma mãe e como ela mesmo diz, não está programada para isso. Mas qual mãe estava programada para esses deveres? A partir daqui um envolvimento emocional muito grande vai nos pegar de jeito. O desenvolvimento e a relação entre eles evolui de forma orgânica e muito bem-feita. Acho válido dizer que a emoção vai te pegar e que lágrimas poderão te deixar em algum momento desse longa.

A mão do homem

O 3º e último ato mostra a mão do homem que destrói tudo o que toca. Ver o mundo além da ilha nos faz entender que tipo de mundo novo é esse. Com isso, contemplamos lugares que parecem terem sido afetados pelo aquecimento global e os humanos agora precisam morar em bolhas. A natureza selvagem prevaleceu, mas o homem ainda está ali para causar o mal. A busca por nossa Roz desencadeia acontecimentos severos que vão mudar a vida dela e de todos os animais da ilha. A união faz a força e a amizade cria um laço de lealdade eterno. Tudo muito lindo sem tirar e nem por. Uma perfeição narrativa ímpar.

Conclusão

Robô Selvagem é perfeito do início ao fim. Sua animação é belíssima e vai te colocar em um estado longo de contemplação. Passamos por momentos emocionais e ainda temos direito a uma aventura que marcará todos que forem assisti-lo. As crianças, com certeza, vão amar e os adultos levarão algumas metáforas para a sua vida. Afirmo que a Dreamworks conseguiu lapidar muito bem essa obra. Um futuro clássico com certeza. Recomendo a todos.

Robô Selvagem estreia nos cinemas em 10 de outubro.

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