Downton Abbey: O Grande Final é o terceiro e último filme da aclamada franquia, servindo como desfecho da saga da família Crawley e de seus funcionários. O filme marca o fim de uma era para os fãs, encerrando uma jornada que começou em 2010 com a série de TV de seis temporadas. A produção conta com o retorno de grande parte do elenco original, incluindo nomes como Michelle Dockery (Lady Mary), Hugh Bonneville (Lorde Grantham), Laura Carmichael (Lady Edith) e Jim Carter (o Sr. Carson), entre outros. A direção é de Simon Curtis, que também dirigiu o filme anterior, e o roteiro é assinado por Julian Fellowes, o criador da série original.
Sinopse
A aristocracia e os empregados da casa enfrentam novos desafios, romances e transformações sociais. A história destaca o choque entre a tradição e a modernidade, com Lady Mary Talbot (Michelle Dockery) no centro de um escândalo e lidando com dificuldades financeiras e seu divórcio. Enquanto a família e os funcionários se preparam para um novo capítulo, Mary assume o controle de Downton, buscando um equilíbrio entre o legado e as novas demandas.
Uma despedida emocionante a uma era
É impressionante como Downton Abbey é capaz de emocionar com tamanha simplicidade. Posso dizer, sem medo, que a conclusão é digna e, ao mesmo tempo, agridoce. A vida continua, mas certamente temos um desfecho para vários personagens que acompanhamos ao longo dos anos. Situado no início dos anos 1930, o filme nos transporta de volta à icônica propriedade rural, capturando a essência da série e, ao mesmo tempo, refletindo as profundas mudanças sociais e econômicas da época. Acompanhar a mansão se preparando para um novo capítulo é um convite para testemunhar os últimos suspiros de uma era, com toda a graça e o drama que os fãs esperam.
A transição de uma época
É possível notar que a narrativa, com pouco mais de duas horas de duração, facilmente poderia ser dividida em uma nova temporada da já encerrada série. É possível ver os arcos sendo traçados e resolvidos sem muita demora. A principal história é a colisão entre a tradição e a modernidade, com o futuro de Downton Abbey em jogo. Lady Mary Talbot assume o papel central e enfrenta desafios pessoais e financeiros que a levam a reconsiderar a gestão da propriedade. Seu arco, em particular, é um reflexo das mudanças sociais, explorando temas como divórcio e independência feminina em uma sociedade que ainda se apegava a normas antiquadas. Em contraponto, ainda temos os funcionários que entrelaçam seus dramas com os da família. Tudo isso com uma finesse tão grande que nos faz pensar que nunca mais voltaremos a esse tempo onde as coisas eram mais polidas e pomposas.
A volta do elenco e homenagem a Maggie Smith
O elenco retorna, em grande parte, inalterado e com atuações que nos fazem sentir saudades de todos. É muito bom ver os atores darem vida a seus personagens pela última vez, com cada um deles nos lembrando por que são tão amados pelos fãs. Todo o elenco está excepcional. Ainda temos espaço para relembrar a grande matriarca da família, a Condessa Viúva Violet, interpretada pela inesquecível Maggie Smith (da saga Harry Potter). Sua personagem faleceu no filme anterior, mas sua presença é sentida em toda a trama. A atriz faleceu em setembro de 2024 e, certamente, não foi esquecida. Uma homenagem sutil é feita a ela, respeitando toda a sua memória.
Conclusão
Downton Abbey: O Grande Final é um deleite para os fãs e pode ser considerado uma carta de amor a eles. O final é satisfatório e vai arrancar lágrimas dos mais emocionados. O filme foi feito para todos que acompanharam a família Crawley por quinze anos. Se você nunca tiver visto a série, duvido que consiga ter um mínimo de apego aos personagens, e por ter um grande número de personagens, fica confuso entender toda a dinâmica familiar junto com os funcionários que povoam a mansão. Ainda que seja possível aproveitar como um passatempo, você não pegará todas as nuances necessárias. Este foi um bom encerramento e deixará saudades.
Downton Abbey: O Grande Final estreia nos cinemas sem 11 de setembro.
