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G20 é o tipo de filme que o norte-americano ama ver

Os Estados Unidos da América sempre se viram como os salvadores do mundo. Essa visão de si como salvadores do mundo tem perdido força, e na era Trump, filmes com essa premissa podem soar menos convincentes. G20 chegou ao Prime Video e traz Viola Davis (Histórias Cruzadas) no papel da presidente dos Estados Unidos. Ela é a única capaz de deter um ataque terrorista à cúpula do G20, a reunião que congrega os países com as maiores economias do mundo para debater e encontrar soluções para questões econômicas e financeiras globais. O filme mistura ação intensa com suspense político, explorando temas como terrorismo, segurança internacional e a liderança em tempos de crise.

Sinopse

Quando terroristas invadem a cúpula do G20, a presidente dos EUA, Danielle Sutton (Viola Davis), inesperadamente se torna o alvo principal. Após escapar por pouco da captura, ela se vê em uma corrida contra o tempo para proteger sua família e a nação. Usando sua inteligência estratégica e treinamento militar especializado, a presidente Sutton deve lutar para salvar os líderes mundiais que foram feitos reféns, enquanto simultaneamente defende a segurança de sua nação em meio a uma crise internacional de proporções alarmantes.

História genérica

Como diria meu pai, esse filme é o famoso “para americano ver”. Eles sempre gostam de se apresentar como os salvadores do mundo, embora essa realidade esteja distante. Não existe uma originalidade nele e tudo corre de um modo bem genérico e sem uma tensão digna. Apesar de haver várias mortes, não passa de uma história boba e completamente inverossímil. Não é de todo ruim, mas não dá para levá-lo a sério. Nenhum personagem corre um risco de morte real. Ainda mais as crianças, filhas da nossa protagonista. Há mortes, mas nenhuma delas é impactante para o público.

Atuações fracas

Não há dúvidas que Viola Davis é uma das maiores atrizes que temos na ativa no momento. Se lhe for dado material de qualidade, ela demonstra uma interpretação de alto nível. Porém, aqui, não é bem assim. Até mesmo ela parece estar no piloto automático. Não compromete, mas está longe de brilhar. Antony Starr, nosso querido Capitão Pátria em The Boys, também vive um personagem genérico e altamente estereotipado com um plano digno de um vilão dos quadrinhos dos anos 90. Fraco e longe de brilhar como sabemos que ele pode.

Perigos reais e atuais

A sua temática tenta se atualizar e usa elementos atuais para criar uma história factível com nosso momento presente. Criptomoedas e o uso indiscriminado de “deepfake” com IA estão presentes para mostrar que são perigos reais e que estão aí batendo em nossa porta. Porém, esses elementos são deixados de lado quando a presidente dos EUA assume o controle da situação. A incrível força paramilitar que dominou o encontro do G20 é rapidamente eliminada pela presidente e alguns insurgentes inesperados. Uma discussão maior sobre esses perigos atuais poderia engrandecer a história, mas acabam sendo deixados de lado pela ação.

Conclusão

Não tenho como vir aqui e indicar G20 para todos. Não é horroroso, mas seu andamento genérico e altamente clichê não favorece a quem quer ver algo novo. Caso queira uma ação despretensiosa equivalente a uma Sessão da Tarde, talvez seja indicado para essa pessoa. Embora seja assistível sem chegar a ofender, dá a impressão de que estou vendo mais um longa criado por algoritmos. Nos dias de hoje não é o que tem me atraído, mas talvez ele se torne mais divertido em família. Seja para falar mal ou seja para se divertir mesmo com algo tão fácil.

G20 já está disponível no Prime Video.

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