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Guia Mundo Moderno

‘Sorria’, um bom terror com uma narrativa já conhecida

O público que acompanha o terror/suspense tende a vir ser uma dos mais exigentes que conheço. Eles gostam de sentir medo e de tomar uns bons sustos. Embora o “jumpscare” não esteja tão na moda quanto antigamente, ele feito com inteligência ainda pode nos render coisas boas. Sorria’ se enquadra nessa categoria. Um filme que já vimos por aí, mas que é divertido no que se propõe. Em uma época em que a safra do gênero está com poucos produtos no mercado, esse longa veio ao menos para divertir.

Sinopse: Em Sorria, tudo na vida da Dra. Rose Cotter (Sosie Bacon) muda, após uma paciente morrer de forma brutal em sua frente, e ela testemunhar o incidente bizarro e traumático no consultório. A partir daí, ela começa a experimentar ocorrências assustadoras que ela não consegue explicar, mas que de alguma forma, se relacionam com a morte que ela presenciou.”

Esse tipo de filme você já viu por aí, mudando apenas o método. Como se incorporassem uma nova skin em um roteiro previamente existente no manual dos roteiristas. Vamos lá, que você irá reconhecer.

Conhecemos nossa protagonista que possui um trauma e que é renomada em sua área de trabalho. Logo no seu início, ela se depara com uma situação de horror capaz de traumatizar qualquer um para a vida. Na verdade, isso cai como uma maldição. Daí temos vários momentos de suspense e sustos até que ela resolva investigar o caso para tentar sobreviver. Ela acha um meio e tenta a todo custo se livrar desse mal com um final eletrizante e com um momento clichê do estilo. Pronto. Se você já viu ‘O Chamado’ vai entender do que estou falando.

Entenda, é clichê, mas diverte. Apesar dele não apresentar uma narrativa original, ele consegue pegar o que tem de bom no estilo e colocar em tela. O suspense é um grande fator dele e o ser sobrenatural é do tipo que traz arrepios em sua alma. É um ser que fica com um sorriso maquiavélico para você. É assustador sim e funciona bastante no decorrer da projeção. Ele causa medo até nos seus momentos finais e isso é uma das coisas que faz ele ser bom: manter o nível de medo e tensão.

Na questão do suspense e tensão posso colocar tudo no colo do diretor e roteirista Parker Finn, aqui em seu terceiro trabalho. Não vi os outros dois, mas nesse aqui deu para perceber que ele ainda pode brilhar muito por aí. Pelo elemento de terror ser um sorriso diabólico, ele usa muito a câmera focado na cara dos personagens. O que resulta em um medo natural somente por ele dar um corte na cena para mostrar outro personagem. Não sabemos o que esperar e isso me deixou nervoso no sentido de ter medo. E sim, senti medo.

Ele ainda deixa margens para continuações futuras e se for bem administrada e se tiver ideias de direção boas, poder ir até o Sorria 10. Já consigo até ver como serão as próximas continuações. A segunda parte alguém vai passar pela mesma situação e se deparar com o caso do primeiro. No terceiro capítulo irão descobrir que o ser sobrenatural é um demônio asteca e que está ali por causa de uma grande maldição ou será apenas um demônio qualquer e ok. Do quarto em diante vão perder a mão e será apenas uma franquia caça-níquel qualquer que não vamos aguentar mais ver. Isso se fizer sucesso apenas.

O importante é que ele diverte e é um prato o suficiente cheio para divertir os amantes do gênero. Vai ver, se assustar, ficar tenso, xingar por estar com medo e ao acabar, sua vida vai continuar normalmente. O chamaria de um filme eficiente e nada mais. Diverte e é isso.

‘Sorria’ estreia exclusivamente nos cinemas em 29 de setembro.

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