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Crítica: ‘Leo’, uma boa animação da Netflix

Sou uma pessoa bastante fã de animações, dou o maior valor para todas elas. Até quando a técnica não parece ser tão apurada já beirando o amador, ainda consigo sentir o trabalho árduo feito por trás de tudo isso. Por outro lado, a produção em larga escala desse estilo de fazer filme tem dado uma grande saturada. Temos mais ou menos uma produção estreando por semana e achar nesse nicho algo realmente bom ficou mais difícil. ‘Leo’, por incrível que pareça, consegue se destacar com uma aventura infantil bem divertida e aprazível.

Sinopse

Leo (Adam Sandler) é um lagarto que vive dentro de um terrário em uma escola há décadas junto com seu melhor amigo Squirtle (Bill Burr), uma tartaruga mal humorada. Quando descobre por acaso que provavelmente só tenha mais um ano de vida, Leo resolve bolar um plano para fugir e tentar realizar alguns sonhos que não eram possíveis até então. Para isso, ele usará as crianças que convive com ele na sala de aula. O problema é que ele se afeiçoa a todas elas e em vez de fugir, ele resolve ser um conselheiro para cada uma delas.

Viva a vida como se não houvesse amanhã

O principal mote da história e que serve como guia condutora para o roteiro é justamente o medo das mudanças. Leo é um lagarto de 74 anos que nunca se interessou em realizar seus sonhos por achar que mais para frente conseguiria isso facilmente. A comodidade é boa também, mas ela não te faz crescer e não faz com que você tenha uma experiência de vida ampla e completa. Esse tema é tão simples que consegue se conectar com qualquer um que esteja vendo esse longa animado. Quando nosso protagonista acha que está perto de sua morte é que resolve viver à vida como deve ser.

Por si só, esse é um belo motivo, mesmo que tardio, para querer viver tudo o que deve. No caminho para esse sonho, Leo se depara com algo mais belo do que a própria fuga para ser feliz: tentar educar todas essas crianças que visivelmente estão perdidas. Cada um pelo seu motivo. Ver o crescimento de cada uma ao lado de canções entoadas pelo lagarto é bem divertido. Nada que faça ser a melhor obra do estilo no ano, mas que, com certeza, possui uma lição de moral para crianças e adultos.

Adam Sandler

Fiquei na dúvida se assistia dublado ou legendado e acabei optando pela segunda opção. O motivo foi um só: Adam Sandler (Afinado no Amor). Ele é um ator que me divide muito. Horas eu detesto ele, horas acho ele ótimo. Conhecendo suas facetas humorísticas me pareceu interessante ver como seria a voz dele com o nosso querido Leo. O que posso dizer é que sim, ele está ótimo. Sua voz beirando quase como um idoso falando é muito boa e certamente é um dos destaques de todo o longa.

Conclusão

‘Leo’ é um filme perfeito para se ver em família. Sejam adultos ou crianças, a certeza de que todos vão se identificar de alguma forma é bem certa. A lição que fica é para não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Como dizem por aí, a vida é uma só. Nascemos, crescemos, vivemos e no final morremos. O que fica de nós por aqui é apenas a certeza que fizemos o nosso melhor. Se nos prendermos demais, a vida passa e com um piscar de olhos podemos não existir mais. Sei que fui muito mais profundo do que a própria obra rege, mas é bom por aí.

‘Leo’ já está disponível no catálogo da Netflix.

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