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Crítica: Licença Para Enlouquecer, não deve agradar nem o público-alvo

Não faz muito tempo que passamos pelo terror da pandemia de COVID-19. Ficarmos presos em casa deixou todo mundo meio pirado. Alguns filmes recentes resolveram adotar histórias dentro desse período, uns sabendo aproveitar o tema, outros nem tanto. Licença Para Enlouquecer entra nesse segundo grupo. Já chega com uma premissa datada e sem ter nada para agregar. Nada dele me agradou e ouso dizer que nem o público-alvo conseguirá se divertir como deve.

Sinopse

A pandemia de COVID-19 forçou o lockdown em nosso país, e agora as amigas Sara (Mônica Carvalho), Lia (Danielle Winits) e Léia (Michele Muniz) serão obrigadas a conviver juntas por um bom período de tempo. Quando o dinheiro começa a acabar e a convivência entre elas começa a beirar ao Inferno, surge uma oportunidade de ganharem dinheiro em uma despedida de solteiro em Maragogi, Alagoas. Elas aceitam e começam uma aventura que ficará na memória delas para sempre.

Nada faz sentido com nada

Eu simplesmente não gostei de nada nesse filme. Sempre tento pegar o mínimo de cada obra para tentar enaltecer um pouco, mas esse aqui não dá. Ele é ruim demais. A pior coisa é simplesmente o roteiro que nada faz sentido com nada. O tom de comédia se perde em qualquer situação criada para tentar nos fisgar um acalorado sorriso. Muitas situações da parte inicial são replicações de memes de Internet. As pessoas todas cobertas para fazer compras e a piada do sorriso debaixo da máscara são exemplos disso. Além disso, o longa ainda possui situações que beiram o vexatório, como o momento em que uma das amigas diz em belo tom que vai ser masturbar. “Olha como esse longa é pra frentex”. Pareço um ultra conservador nato falando, porém, é tudo muito ruim dentro do contexto.

Ainda temos o relacionamento forçado com Carlos (Nelson Freitas), o síndico do prédio em que vivem, que vai culminar em mais situações completamente inverossímeis no final. Segura esse momento, vou comentar daqui a pouco.

Coincidências demais

As amigas conseguem um trabalho para animar uma despedida de solteiro de uma outra amiga em Maragogi. Chegando lá, isso é resolvido em 5 minutos e nada mais faz sentido (se é que em algum momento algo fez sentido). Uma sucessão de coincidências começam, e entre elas, chega o ex-marido de Léia, junto com a atual namorada, e pasmem, Carlos, o síndico que é sócio do resort onde estão. Um confabulado de coincidências que nem em história de criança isso acontece. De repente, esse virou o único lugar do universo para todos os personagens. Tudo que se desenrola nesse resort não faz nenhum sentido.

Carlos teve pequenos momentos com essas amigas e no final, ele as considera quase filhas. Eles tentam te pegar em um momento emocional, mas não dá. É tudo tão ruim que até esse momento se perde.

Nesse elenco, que é muito bom no papel, ninguém se salva. Uma atuação pior que a outra. A culpa é do roteiro ruim com uma direção bem fraca. Só quero deixar por último a interpretação canastrissíma de Henri Castelli (Cobras & Lagartos), que me fez rir muito pelos motivos errados.

Conclusão

Sei que pode parecer maldade e sei que Licença Para Enlouquecer ainda assim pode agradar alguns transeuntes de cinema, mas ele é ruim. Foi difícil até terminá-lo. Só consigo pensar que a produção desse longa foi muito conturbada, pois só assim consigo dar um refresco a ele. Sei que fazer uma obra dessa nunca é fácil, mas preciso vir aqui e falar as impressões gerais. Infelizmente, nada de bom me sobressaiu com ele, e isso é algo bem difícil de acontecer. Uma pena. Sou um amante do cinema nacional, mas esse aqui não dá.

Licença Para Enlouquecer estreia nos cinemas em 04 de abril.

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