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Crítica: Morando Com O Crush, não foi feito para mim

Morando Com O Crush é aquele tipo de filme que detesto de cara. De vez em quando tenho uma surpresa ou outra e acabo mordendo minha língua, mas não é o caso aqui. Julguei que ele seria ruim e realmente foi. Lógico, levando em conta o meu gosto pessoal. Mesmo assim sempre tento achar uma ou outra coisa boa para amenizar todo o meu amargor, e nem isso consegui achar. Tive raiva de todas as situações e de todos os personagens, mentira, Ed Gama (Porta dos Fundos) estava ali para me render algumas poucas risadas e só. Peço perdão desde já, mas é assim que começo essa resenha.

Sinopse

Luana (Giulia Benite) sempre foi apaixonada por Hugo (Vitor Figueiredo), mas nunca teve coragem de se declarar. Em um fatídico dia sem esperar por nada, os dois finalmente percebem que se gostam e resolvem marcar para sair. No dia seguinte descobrem que os seus respectivos pais, Fábio (Marcos Pasquim) e Antônia (Carina Sacchelli), estão namorando e que pretendem morar juntos em uma pequena cidade devido ao trabalho. Agora, Luana e Vitor terão que agir como irmãos e deixar todo esse desejo de lado pelo bem da família, mas não será fácil.

Ainda estamos falando de uma comédia romântica

Eu não sei nem por onde começar, mas essa sinopse nos dá ideia de uma trama com cenas picantes a níveis quase eróticas. Mas não tem nada disso, apesar de ser uma trama um quanto bizarra, ainda estamos falando de um filme para um público mais jovem com uma pitada de comédia e outra de romance. A história do longa ainda impõe que o casal adolescente aja como irmãos para o “bem” da trama e isso nos dá uma sucessão de cenas bizarras e com aquele ar de vergonha alheia.

Ah, o poder da amizade

Só essa forçação de barra estava me irritando, mas um elemento a mais me deixou pior. A recente família formada vira vizinha de outra família onde os adolescentes são uns verdadeiros pé no saco. O garoto se acha o rei da cocada preta e a mais velha é enxerida a níveis estratosféricos. Por estar com a perna quebrada, ela se acha no dever de todo dia pegar um binóculo e ficar olhando a vida dos recém vizinhos com o seguinte pensamento: “sei que tem alguma coisa errada nessa família”. Um crime que no final é tudo perdoado pelo poder da amizade. Ahhhh, adoro o poder da amizade. Fui irônico, caso alguém esteja em dúvida.

Ed Gama salva do desastre total

Todas essas situações se somaram e estavam me irritando cada vez mais, até que vi um deslumbre de algo divertido. A presença de Ed Gama é minúscula nesse filme, mas é o suficiente para me deixar minimamente melhor. Ele é muito bom e embora tenha linhas de fala completamente sem sentido, consegue deixar tudo melhor no final. O clímax do filme, por exemplo, é salvo por ele. Depois de uma infinidade de cenas sem sentido e bizarras, ele consegue salvar com seu humor sútil falando as coisas certas na hora certa. Poderiam ter até aproveitado isso para minimizar alguns efeitos da bizarrice.

Conclusão

Pode parecer perseguição, mas até hoje eu nunca consegui gostar de um filme se quer do diretor Hsu Chien Hsin. Nessa lista contém Me Tira da Mira (2022) que é ruim, Desapega! (2023) que de todos foi o melhor para mim, e Licença Para Enlouquecer (2024) que acho terrível. Ele tenta fazer um cinema fácil, daqueles que vai ter apelo com o público, mas acaba fazendo algo genérico e ruim. O roteiro não ajuda em nada e acaba tudo sendo um grande desastre. Ainda acredito que Morando Com O Crush achará o seu público-alvo, que definitivamente não sou eu.

Morando Com O Crush estreia nos cinemas em 23 de maio.

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