Predador: Assassino de Assassinos é um novo longa-metragem animado que integra a franquia Predador. Já disponível na Disney+, foi bem recebido pela crítica e quebrou recordes de aprovação. A direção é de Dan Trachtenberg, o mesmo diretor de Predador: A Caçada (2022) e Joshua Wassung, especialista em efeitos visuais em sua estreia na direção em um longa-metragem. O elenco de vozes conta com nomes como Michael Biehn (Aliens: O Resgate), Lindsay LaVanchy (Iniciação), Rick Gonzalez (Coach Carter: Treino para a Vida) e Louis Ozawa (Hunters). O formato é apresentado como uma antologia, dividido em três histórias que se passam em diversas épocas e locais da nossa história, mas que se conectam no final.
Sinopse
Esta antologia entrelaça as histórias de três guerreiros lendários de diferentes épocas – uma Viking destemida, um samurai habilidoso e um jovem em meio à Segunda Guerra Mundial – enquanto se tornam presas de um formidável e astuto Predador. À medida que o implacável caçador os persegue através de cenários históricos vibrantes, os confrontos brutais culminam em uma revelação surpreendente: os Predadores estão colecionando os guerreiros mais poderosos de todas as épocas para uma batalha final em um coliseu intergaláctico, onde apenas um sobreviverá para enfrentar o líder supremo dos caçadores.
Uma bela escolha pela animação e antologia
Como um fã de longa data da franquia, assistir a Predador: Assassino de Assassinos foi um belo frescor de criatividade e de possibilidades. A escolha pela animação foi muito acertada por proporcionar maior liberdade, tanto em relação a ambientes quanto para mostrar toda a brutalidade e táticas de combate dos Predadores. São detalhes que seriam mais complicados em live-action. Isso possibilita cenas de ação mais dinâmicas e incríveis usando um Predador diferente para cada segmento. Essa estrutura de antologia consegue aprofundar cada personagem humano, transformando cada luta mais pessoal e impactante. Além, é claro, da ambientação de cada cultura, que traz uma riqueza visual e cultural não tão explorada antes.
Aumento do lore e conexões com obras passadas
Até então, só víamos predadores caçando guerreiros e nunca soubemos ao certo o porquê. Deduzíamos que os Yautja, nome da espécie dos predadores, só caçavam por esporte ou para demonstrar sua força. Aqui, esse lore aumenta, e vemos os “vencedores” entrando em um coliseu galáctico para lutarem novamente por suas vidas. Os humanos são glorificados, mas são postos novamente à prova. Nessa parte final, são revelados alguns easter eggs clássicos da franquia. Temos uma conexão com o filme Alien (uma capa feita de caudas de Xenomorfos usada pelo Grendel King), a pistola 1715 de Raphael Adolini vista em Predador 2 (1990) e Predador: A Caçada. Este último também é referenciado ao sabermos o destino de Naru, a protagonista desse filme.
O futuro da franquia
Esta história serve para abrir caminhos para o futuro da franquia. O diretor Dan Trachtberg, até então, parece saber o que está fazendo, e isso cria uma enorme expectativa para o que virá. Sinto que essa produção foi uma boa introdução para o que virá ainda este ano. Em novembro, estreia nos cinemas mais um longa-metragem da franquia, agora, de volta ao live-action e com o nome de Predador: Terras Selvagens. Com esse aumento de lore, podemos esperar mais conexões entre um e outro. Por enquanto, só posso ficar animado e ansioso pelo que virá pela frente.
Conclusão
Posso julgar veementemente que Predador: Assassino de Assassinos foi um bom aditivo para essa franquia. A animação conseguiu elevar as cenas de ação a um nível que poderia ser descredibilizado em um live-action. Desde já, espero mais produções no mesmo estilo. Consegue expandir a mitologia, mostrando o destino de todos os guerreiros que venceram seus algozes predadores. Estou junto com a crítica e faço coro ao dizer que esse longa-metragem precisa ser visto e apreciado.
Predador: Assassino de Assassinos está disponível na Disney+.